sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Sem pedaço.

Ontem o vento, aquele vento seco e quente, tão brutal numa tarde confortável, nessa lentíssima espreguiçadeira, nessa vastíssima avenida de poemas de Wally Salomão, esse vento trouxe teu nome, sei lá de onde, de que noites escuras, em que tento não me deixar dominar pela ruim sensação que isso traz. Mas quando vejo já estou jogado na noite numa boate qualquer, mas qualquer mesmo, até mesmo numa dessa de quinta, onde agora eu tento a todo custo dominar minha cabeça e não deixar afetar pela tua atmosfera, pelas lembranças, pelo teu rosto que vejo na minha mente o tempo todo, e que se integra tão bem com essa musica ruim me agredindo, piorando minha fúria.
Tudo o que eu tenho dito aqui, até mesmo minhas opiniões claras sobre você e tantas outras coisas, foi e ainda é, para causar uma ruptura no meu eixo, pra que o que eu sinto e o que eu digo sejam auto-imunes, ou seja não irão se deteriorar no tempo como as coisas que você disse pra mim. Mas até mesmo isso fica muito chato, por que acabo caindo numa armadilha. Falando tão mal de análises, terapias e tal, acabo eu mesmo não fazendo algo do tipo? Pois é, pelo menos eu posso contar com minha inteligência. É a única coisa que tenho minha mesmo. Mais nada.
Na verdade a ruptura ocorreu a muito tempo, só não sei se foi bom pra mim. Ainda continuo num limbo entre a dor da lembrança de ter te conhecido e o daqui pra frente sem você. Dar esse passo não me custa nada. Só me custa a vida.