quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sem voz.

Estou afônico.
E minhas palavras empacadas num celeiro escuro do lado direito do meu inconsciente. O lado direito, saiba, é o racional, aquele em que você pode confiar. Que quando você faz uma merda qualquer , mas daquelas grandes, fica apitando o teu ouvido direito e você fica se desconcentrando de tudo, sem ter o que escrever, sem vomitar uma virgula, e perde até a voz, por mais que você tente ignorar? Mas o que é que a voz tem com isso?
Nesses dias tem andado pela minha cabeça umas estórias de mudanças e acho que vou começar por não mais gastar meus parcos dons literários, com palavras que digam o que sinto por você. Na verdade isso não me interessa mais. O mês de agosto lhe dá um aviso. Saia da minha cabeça, biltre, demônio, Lúcifer, Nosferatu, Leviatã, Asmodeu, Barrabás, Cascudo, Bode Negro, Satanás, Legião.
Fora daqui.
Do começo do jorro das novas palavras vou mergulhar de vez na ficção. Não gosto de ficar na ficção e nessa obcessão com você. Me dividir causa pane nos neurônios e no meu comportamento social, portanto saio fora de uma vez e abandono a realidade para me esconder de você sob outra identidade. Uma que você não vai saber.Mas um dia te pego. Você sabe ler?