quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sem sentido.

Sim eu sou incrivelmente normal, sem precisar recorrer a nenhum, patologista, psicólogo, psiquiatra ou sei lá mais o quê. Eu mesmo dou conta de minhas loucuras, de esmiuçar e resolver minhas destemperanças, tudo dentro daquilo que sei, sou capaz sem precisar que eles vasculhem minha cabeça, cutucando querendo sempre encontrar um motivo pra culpar a mãe e vir com aquela bobajada de se auto perdoar, de mentalizar o anjo, que o amor cura tudo e que podemos tudo é só querer. Nasci com cérebro não nasci? Então pronto, não preciso desses putos.
Dentro de minha cabeça existem forças que nenhum patologista poderá decifrar.
Os rugidos, as sombras, as imagens de pedaços de lembranças, palavras, carne ferida e frases desconexas que habitam e ficam indo e vindo lá dentro, por isso demoro para atender o telefone. Os delírios de um anormal tem que ter conta e remédios para dormir senão não serão considerados autênticos, e o principal, tem que haver uma vitima. Irmã Virginia. Seus olhos são tão cheios de felicidade, me ensine a ser assim. Deus, que filme é esse? Agora ela está dizendo que Deus compensa mil vezes cada sofrimento. Me arrepio e mudo de canal. Qualquer informação vale a pena. Outro canal, as vezes a vida quer tomar tudo da gente. Como reagir. Mudo de novo. Sou lerdo pra essas coisas. Quem será que ligou? Odeio gente que não deixa recado. Mas eu também não deixo, nem pego os meus.
Agora sonhei com um buraco enorme e ficava acima de mim como se fosse num teto, mas não tinha teto era só um céu negro e o buraco me sugando, com um bafo quente, um ruído horrível, como se um milhão de mulheres estivessem sendo mortas.